segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Mário Pérsico







Mario Rafael Pérsico, ou apenas Mario Pérsico, nasceu em Sorocaba, em 28 de fevereiro de 1958. Iniciou sua formação teatral em 1976, em sua cidade natal, onde começou a trabalhar como ator. Em 1983, estreou na direção teatral com o espetáculo “A Bolsinha Mágica de Marly Emboaba”, de Carlos Queiroz Telles.
Seu trabalho como ator e diretor de teatro adulto e infantil propiciou uma larga experiência como Coordenador de Oficinas de Iniciação Teatral através da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, em Sorocaba e região.
Destaca-se, em sua carreira, a montagem de “A Mulher Zumbi”, da Cia. Clássica de Repertório, que, criada em 1994, recebeu 27 prêmios e representou o Brasil no XII Entepola - Encontro de Teatro Popular Latino Americano, em Santiago do Chile, em 1998. Em 1999, excursionou para Portugal com os espetáculos ” A Mulher Zumbi” e o infanto-juvenil “Meu amigo, Dom Pedro II”, onde realizou uma turnê por algumas das principais cidades da Região do Porto ( Porto, Vila Nova de Gaita, Vila Nova, entre outras). Recebeu oito prêmios de melhor ator, todos por sua performance em "A Mulher Zumbi".
Coordena o Núcleo de Artes Cênicas da Fundec - Fundação de Desenvolvimento Cultural de Sorocaba, onde também atua como professor desde 2001, tendo sob sua orientação 150 pessoas, das mais variadas idades.

Obras do Autor:

1989- A Banda
1992- Tangos
1994- Cinderela - A Comédia
1994- A Mulher Zumbi
1995- Chapeuzinho Vermelho
1996- Tomates Verdes Crus
1996- Uma Certa Branca
1997- Sob o Azul do Céu
1997- Meu Amigo, Dom Pedro II
1998- Colina Azul
2003- Ciao Fellini
2006- As Cegonhas Voam Para o Céu
2006- A Febre
2006- Viagem a Olinda
2007- Do Outro Lado do Rio
2009- Concílio dos Mortos
2010- Os que Chegam com a Noite
2010- O Compadre da Morte

Ultimo Espetáculo Realizado pelo Autor (13/08/11):

Focado na prostituição masculina, o espetáculo propõe uma reflexão sobre temas pesados em diferentes perspectivas. A montagem surgiu em um projeto da oficina "De Lumière a Truffaut - o amor nas telas francesas", coordenado por Mario Pérsico em 2009 e realizado pela Oficina Grande Otelo. No trabalho de encerramento, que sugeria a composição de uma peça que fosse construída com base nos arredores do local, o grupo escolheu a Praça Frei Baraúna, que inspirou a criação e composição das cenas.

4 comentários:

  1. Biografia:

    Mario Rafael Pérsico, ou apenas Mario Pérsico, nasceu em Sorocaba, São Paulo, em 28 de fevereiro de 1958. Inicia sua formação teatral em 1976, em sua cidade natal, onde começou a trabalhar como ator. Em 1983, estreou na direção teatral com o espetáculo “A Bolsinha Mágica de Marly Emboaba”, de Carlos Queiroz Telles.
    Seu trabalho como ator e diretor de teatro adulto e infantil propiciou uma larga experiência como Coordenador de Oficinas de Iniciação Teatral através da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, em Sorocaba e região.
    Destaca-se, em sua carreira, a montagem de “A Mulher Zumbi”, da Cia. Clássica de Repertório, que criou em 1994, recebendo 27 prêmios e que representou o Brasil no XII Entepola - Encontro de Teatro Popular Latino Americano, em Santiago do Chile, em 1998. Em 1999, excursionou para Portugal com os espetáculos ” A Mulher Zumbi” e o infanto-juvenil “Meu amigo, Dom Pedro II”, onde realizou uma turnê por algumas das principais cidades da Região do Porto ( Porto, Vila Nova de Gaita, Vila Nova, entre outras). Recebeu oito prêmios de melhor ator, todos por sua performance em "A Mulher Zumbi".
    Coordena o Núcleo de Artes Cênicas da Fundec - Fundação de Desenvolvimento Cultural de Sorocaba, onde também atua como professor desde 2001, tendo sob sua orientação 150 pessoas, das mais variadas idades.

    Obras do Autor:

    1989- A Banda
    1992- Tangos
    1994- Cinderela - A Comédia
    1994- A Mulher Zumbi
    1995- Chapeuzinho Vermelho
    1996- Tomates Verdes Crus
    1996- Uma Certa Branca
    1997- Sob o Azul do Céu
    1997- Meu Amigo, Dom Pedro II
    1998- Colina Azul
    2003- Ciao Fellini
    2006- As Cegonhas Voam Para o Céu
    2006- A Febre
    2006- Viagem a Olinda
    2007- Do Outro Lado do Rio
    2009- Concílio dos Mortos
    2010- Os que Chegam com a Noite
    2010- O Compadre da Morte

    Ultimo Espetáculo Realizado pelo Autor (13/08/11):

    Apresentação do espetáculo "Os que Chegam com a Noite" da Cia. Clássica de Repertório que aborda questões polêmicas como prostituição, conflitos familiares, ganância e pobreza.
    Focado na prostituição masculina, o espetáculo propõe uma reflexão sobre temas pesados em diferentes perspectivas. A montagem surgiu em um projeto da oficina "De Lumière a Truffaut - o amor nas telas francesas", coordenado por Mario Pérsico em 2009 e realizado pela Oficina Grande Otelo. No trabalho de encerramento, que sugeria a composição de uma peça que fosse construída com base nos arredores do local, o grupo escolheu a Praça Frei Baraúna, que inspirou a criação e composição das cenas. A peça, originalmente encenada na casa noturna Terceiro Andar, tem como diferencial a interação entre atores e espectadores em um espaço aberto, explorando diversos ângulos. Para a apresentação na Sala Fundec, foram feitas adaptações. "Adaptamos a peça em formato para Palco Italiano, que é o da Sala Fundec", comenta Mario Pérsico.

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  2. Entrevista – Mário Pérsico


    1 - Quando e onde você nasceu?

    R: Eu nasci em Santa Cruz do Rio Pardo, SP, em 21 de setembro de 1958.

    2 – Você é religioso? Qual a importância da religião em sua vida? Isso se reflete em suas obras?

    R: Minha família é católica e eu sou batizado na igreja católica, porém não sou seguidor de nenhuma religião, não costumo freqüentar igrejas, sou um homem que pratica boas ações,independente de religiões. Não me preocupo em manifestar religião em minhas obras, talvez elas acabem tendo uma influencia natural originada do ambiente em que vivi, mas não de propósito.

    3 – Você vive da literatura?

    R: Trabalho com teatro há 36 anos, atuando, escrevendo obras, dando aulas. Não tenho outro tipo de renda, sendo assim vivo da literatura.

    4 – Como foi sua educação formal? Crê que ela possa ter-lhe influenciado na maneira de escrever?

    R: Sou formado em direito pela FADI, porém acabei não trabalhando nessa área. O direito não me influenciou e não me influencia em nenhuma peça. O gosto pela atuação veio antes do gosto pelo direito, ainda quando eu era jovem.


    5 – O que levou você a essa profissão?

    R: Sempre fui emotivo, buscava ver a emoção nas coisas. Quando vi o teatro pela primeira vez achei que não se comparava com o cinema, mas descobri nele uma forma de atuar, e a partir daí fui gostando e me envolvendo cada vez mais.

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  3. 6 – A que gênero você se dedica mais?

    R: Gosto de escrever peças de todos os gêneros, não tenho um gênero preferido.

    7 – Quais são seus autores prediletos?

    R: Um dos meus autores prediletos é um Tcheco chamado Milan Kundera, que escreveu um livro chamado “A Insustentável Leveza do Ser”, é a obra que mais gosto.

    8 – Que obra você citaria como “seu livro de cabeceira”?

    R: Não citaria como livro de cabeceira nenhum livro. Mas gosto muito de um livro do autor Gabriel Garcia Marques chamado “O Amor Nos Tempos da Cólera”.


    9 – Há autores que você sente que influenciam o seu trabalho?

    R: Quando eu era mais jovem, percebia que a autora Clarice Lispector tinha de certa forma grande influencia em mim, porem hoje não percebo nenhuma influencia em minhas obras.


    10 – De que forma se deu essa influencia?

    R: A forma particular e diferente com que ela escrevia. Ela falava de um lado mais introspectivo do ser, que me chamava muito a atenção.

    11 – Você se relaciona com seus telespectadores? Eles influenciam suas obras de alguma forma?

    R: Não muito, mas agora com a internet, principalmente o facebook e o site da companhia, eu acabo tendo mais contato com eles, sem dúvida. Os meus telespectadores não costumam me influenciar para escrever minhas obras. Nunca aconteceu de eles pedirem ou sugerirem alguma coisa para complementar ou modificar minhas obras, eu procuro me basear mais nos feedbacks que eles apresentam depois de ver as obras.

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  4. 12 – O que o inspira?

    R: São coisas ou momentos em que eu percebo emoção, como por exemplo, quando eu vejo um casamento, mesmo de pessoas que eu não conheço, aquele momento em que os noivos vão cumprimentar os pais, eu entro na sintonia, sinto a emoção, aquela vontade de chorar...Isso vai me “pegando” de alguma forma. Eu acho que esse tipo de coisa acaba aparecendo na minha obra, no meu trabalho, no meu teatro...

    13 – Como você vê a produção literária da região de Sorocaba?

    R: Eu conheço pouco a produção da região, um dos livros que eu me lembro de ter lido é “Os Espanhóis” de Sérgio Coelho, inclusive eu fiz uma peça baseada nisso, que é a história da imigração espanhola em Sorocaba. O livro é agradável de ler, as histórias são gostosas e muito bem feitas, gostei bastante de ler.



    14 – Como você lida com críticas? Houve alguma situação especial positiva ou não que você gostaria de compartilhar conosco?

    R: As críticas que chegam até mim, geralmente são as positivas, já as negativas ficam meio “por trás”. Penso que se tive sucesso todo esse tempo de 33 anos com minhas obras é porque algum valor deve ter, procuro fazer bem feito, mas sempre vai ter alguém que não goste. É impossível agradar à todos.


    15 – Você sente o escrever como missão, lazer, prazer ou como condição de sobrevivência?

    R: Escrever, para mim, é uma junção de todas, uma vez que é o meu trabalho e ao mesmo tempo é uma atividade prazerosa para mim, a qual eu desempenho com facilidade.

    16 – A crítica literária ajuda ou atrapalha?

    R: Ajuda, pois toda crítica é construtiva e contribui para uma melhoria das obras.

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