Olá, pessoal! Aos que postaram a primeira parte do trabalho até domingo, já fiz a revisão.
Apenas o conteúdo lançado no tópico deverá ser utilizado, pois os dados extras colocados
serão utilizados na 2.a parte.
Àqueles que estão pesquisando sobre autores vivos, viabilizem a entrevista com os autores.
O prazo para a 2.a parte do trabalho é o dia 16 de setembro.
Os trabalhos postados hoje, segunda-feira, serão revisados apenas amanhã, pois estou sem
acesso à internet mais tarde
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
terça-feira, 23 de agosto de 2011
Um possível questionário para entrevistas
1) Quando e onde você nasceu?
2) Você ainda reside em sua cidade de nascimento? Onde e quais os motivos da mudança?
3) Como você se sente em relação à cidade em que você vive?
4) Solteiro, casado, filhos? Como é em casa, nas suas relações familiares?
5) Você é religioso? Qual a importância da religião em sua vida? Isso se reflete em suas obras?
6) Fale um pouco sobre o amor em sua vida:
7) Você vive de literatura?
8) Quais suas outras ocupações além da literatura/teatro?
9) Como foi a sua educação formal?
10) Crê que ela possa ter-lhe influenciado a maneira de escrever?
11) Quando você começou a escrever?
12) 0 que levou você a isso?
13) A que gêneros você se dedica mais? (Poesia, conto, romance, teatro, etc)
14) Quais são seus autores prediletos?
15) Que obra você citaria como "seu livro de cabeceira"?
16) Há autores que você sente que influenciaram o seu trabalho?
17) De que forma se deu essa influência?
18) Você tem algum processo próprio pra escrever seus textos? Qual é seu processo de criação?
19) Há algum fator que você julga importante destacar para um melhor entendimento de sua obra?
20) Onde você divulga seus textos? (Livros, folhetos, blogues, saraus, encenações de teatro)
21) Você se relaciona com seus leitores/espectadores?
22) Como os leitores influenciam a sua obra?
23) Como surge um poema (conto, peça de teatro)?
24) 0 que o inspira?
25) Como você vê a produção literária da região de Sorocaba?
26) Existe algum tipo de interação entre você e os demais autores da modalidade literária a que você se dedica?
27) Como você lida com críticas? Houve alguma situação especial positiva ou não - que você queira compartilhar conosco?
28) Alguma experiência engraçada, curiosa ou dramática produzida por um texto seu?
29) Vida e obra precisam caminhar juntas ou podem tomar rumos diferentes e até contraditórios?
30) O que você considera mais importante para que um texto literário (poema, conto, crônica, texto dramatúrgico) seja classificado como de boa qualidade?
31) Você sente o escrever como missão, lazer, prazer ou como condição de sobrevivência?
32) Com que você, enquanto autor, tem compromisso?
33) Que influência a Internet influenciou na sua escrita?
34) Que qualidade considera fundamental num escritor(poeta ou dramaturgo)?
35) A crítica literária ajuda ou atrapalha?
36) Na região de Sorocaba, pode-se dizer que há crítica literária?
37) Que ambiente ou horário lhe são mais propícios para seu fazer literário?
38) Computador, máquina de escrever ou à mão? Faz diferença para você?
39) Qual a pergunta sobre que não pode deixar de ser feita?
40) E, em relação à sua bibliografia, tem livros publicados? Foi publicado na internet? Onde?
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Roberto Gil de Camargo
Roberto Gil Camargo
Roberto Gil nasceu em Itapetininga, interior do estado de São Paulo, em 1951. Mudou-se para Sorocaba quando tinha três anos de idade e já morou também na cidade de São Paulo e Bragança Paulista, mas atualmente reside em Sorocaba, onde desenvolveu todo o seu trabalho em teatro e como professor. Casou-se e teve dois filhos, para ele, o amor é condição para tudo na vida. Ele procura sempre unir a música, o teatro e a dança com sua família. Gil estudou e fez graduação em Sorocaba, mestrado e doutorado na PUC-SP. Começou a escrever aos 16 anos e sempre adorou cinema e literatura, mas acabou se fixando mesmo em teatro.
O dramaturgo e pesquisador de iluminação Roberto Gil Camargo assumiu a direção do Katharsis em 1995 propondo uma nova dinâmica nos trabalhos desenvolvidos pelo grupo. Apresentando obras mais densas, o grupo partiu em busca de uma linguagem cênica própria, única. Iniciou, então, um período de estudos, promovendo seminários acerca do teatro contemporâneo que resultaram no espetáculo, conferência intitulada, Endoscopia (2005). Em seguida, os seminários se tornaram atividades anuais no calendário do grupo, sendo apresentados no intuito de estimular a discussão teatral no evento Seminário Contemporâneo, que já em sua 4º edição apresentou colóquios com temas relacionando o teatro à arte-educação, à sua história na cidade de Sorocaba, às mídias e ao homem contemporâneo.
Após "Um bonde chamado desejo", a apresentação de Endoscopia marcou a opção do grupo por ser um teatro de pesquisa, preocupado com a estética teatral. Em, "Aves, ovos e parafusos", particularizou a linha de pesquisa dando forma e legitimidade ao grupo. O espetáculo foi premiado em importantes festivais nacionais chegando a ser selecionado para participar do 5º Festival de Acciones Escenicas Lima-Norte 2007, no Peru, além de ganhar melhor espetáculo no 21º Festival Universitário de Teatro de Blumenau, entre eles, o de melhor direção, homenageando Gil. E atualmente, o Katharsis realiza ao longo do ano seminários, imersões e apresentações, focando seus trabalhos, principalmente, na participação em festivais e mostras teatrais.
Assim como a maioria dos autores, Gil também tem seus prediletos, como Álvares de Azevedo, Guimarães Rosa e Jorge Amado. Com o prazer de escrever, com a ajuda de críticas e baseando-se nos seus pensamentos além dos caminhos já trilhados por ele, o dramaturgo e literário Roberto Gil publicou 5 livros e vários textos disponíveis em jornais e na Internet.
Mário Pérsico
Mario Rafael Pérsico, ou apenas Mario Pérsico, nasceu em Sorocaba, em 28 de fevereiro de 1958. Iniciou sua formação teatral em 1976, em sua cidade natal, onde começou a trabalhar como ator. Em 1983, estreou na direção teatral com o espetáculo “A Bolsinha Mágica de Marly Emboaba”, de Carlos Queiroz Telles.
Seu trabalho como ator e diretor de teatro adulto e infantil propiciou uma larga experiência como Coordenador de Oficinas de Iniciação Teatral através da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, em Sorocaba e região.
Destaca-se, em sua carreira, a montagem de “A Mulher Zumbi”, da Cia. Clássica de Repertório, que, criada em 1994, recebeu 27 prêmios e representou o Brasil no XII Entepola - Encontro de Teatro Popular Latino Americano, em Santiago do Chile, em 1998. Em 1999, excursionou para Portugal com os espetáculos ” A Mulher Zumbi” e o infanto-juvenil “Meu amigo, Dom Pedro II”, onde realizou uma turnê por algumas das principais cidades da Região do Porto ( Porto, Vila Nova de Gaita, Vila Nova, entre outras). Recebeu oito prêmios de melhor ator, todos por sua performance em "A Mulher Zumbi".
Coordena o Núcleo de Artes Cênicas da Fundec - Fundação de Desenvolvimento Cultural de Sorocaba, onde também atua como professor desde 2001, tendo sob sua orientação 150 pessoas, das mais variadas idades.
Obras do Autor:
1989- A Banda
1992- Tangos
1994- Cinderela - A Comédia
1994- A Mulher Zumbi
1995- Chapeuzinho Vermelho
1996- Tomates Verdes Crus
1996- Uma Certa Branca
1997- Sob o Azul do Céu
1997- Meu Amigo, Dom Pedro II
1998- Colina Azul
2003- Ciao Fellini
2006- As Cegonhas Voam Para o Céu
2006- A Febre
2006- Viagem a Olinda
2007- Do Outro Lado do Rio
2009- Concílio dos Mortos
2010- Os que Chegam com a Noite
2010- O Compadre da Morte
Ultimo Espetáculo Realizado pelo Autor (13/08/11):
Focado na prostituição masculina, o espetáculo propõe uma reflexão sobre temas pesados em diferentes perspectivas. A montagem surgiu em um projeto da oficina "De Lumière a Truffaut - o amor nas telas francesas", coordenado por Mario Pérsico em 2009 e realizado pela Oficina Grande Otelo. No trabalho de encerramento, que sugeria a composição de uma peça que fosse construída com base nos arredores do local, o grupo escolheu a Praça Frei Baraúna, que inspirou a criação e composição das cenas.
Miriam Cris Carlos
Míriam Cristina Carlos Silva é escritora e poeta, além de apresentadora de rádio, apresentadora de tv, compositora,pesquisadora, produtora cultural, professora e roteirista. Atualmente é professora titular da Universidade de Sorocaba e desenvolve projeto de pesquisa na área de Teorias da Comunicação.
Míriam Cris Carlos escreveu os livros “A Pele Palpável da Palavra”, “Comunicação e Culturas Antropofágicas”, “Arteiras Sorocabanas” e “Quase Tempo” (livro de poesias).
Blogue da Autora:
http://micriscarlos.blogspot.com/
ALUNOS: Os prêmios podem ser mencionados no cartaz, mas transformados em texto: "Em 1995, a autora foi premiada no concurso "x" realizado por/pela "x", com a obra "x". A formação e títulos são dispensáveis.
Modesto Carone
Modesto Carone nasceu em 1937 na cidade de Sorocaba, interior de São Paulo. Cursou Direito e Letras na USP, trabalhando em universidades na Áustria e no Brasil. Tendo lecionado na Unicamp, hoje é professor na USP, no Departamento de Teoria Literária.
Ele é um grande tradutor e escritor. Na tradução, trabalhou para a editora Brasiliense, traduzindo a ficção de ficção de Franz Kafka. Este projeto começou em 1984, mas ficou incompleto, sendo lançado então pela Companhia das Letras em 2000 que, além dessa publicação, relançou todas as publicações feitas pela Brasiliense.
Como escritor, Carone publicou vários livros, entre eles As Marcas do Real em 1979, e o seu principal livro Resumo de Ana, livro que todo se passa em sua cidade natal, Sorocaba. Resumo de Ana ganhou o prêmio Jabuti em 1999.
As obras de Modesto são consideradas uma das mais importantes da literatura brasileiras contemporânea.
Maria Virgília Frota Guariglia
Maria Virgília Frota Guariglia nasceu no dia 10 de agosto de 1942, na cidade de Campinas-SP, e atualmente reside em Sorocaba-SP. É professora universitária, doutora e mestre em Comunicação e Semiótica, licenciada em português, espanhol, francês, italiano e latim, com estudos realizados em Sorocaba, França e Portugal.
Atua profissionalmente como professora de língua francesa na Universidade de Sorocaba (UNISO) desde 2002, professora de Literatura Portuguesa - UNISO (2003/4), professora de Literatura Portuguesa - Academia de Ensino Superior (AES - Objetivo) 2003/2010, tendo, no ensino público, dirigido ou leciado em escolas de Sorocaba, Alumínio e Mairinque.
Obras Publicadas:
Poema:
Atua profissionalmente como professora de língua francesa na Universidade de Sorocaba (UNISO) desde 2002, professora de Literatura Portuguesa - UNISO (2003/4), professora de Literatura Portuguesa - Academia de Ensino Superior (AES - Objetivo) 2003/2010, tendo, no ensino público, dirigido ou leciado em escolas de Sorocaba, Alumínio e Mairinque.
Obras Publicadas:
Poema:
Paulo Tortelo
Banner do grupo do Murilo Falco:
https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=gmail&attid=0.1&thid=1321c6994fe7f2c1&mt=application/pdf&url=https://mail.google.com/mail/?ui%3D2%26ik%3De172b59765%26view%3Datt%26th%3D1321c6994fe7f2c1%26attid%3D0.1%26disp%3Dsafe%26zw&sig=AHIEtbQE5qBMxrejbxR9nTpz558cVRPeSg
Parabéns ao grupo. Não se esqueçam do colocar os integrantes, nome da escola, projeto, etc.
https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=gmail&attid=0.1&thid=1321c6994fe7f2c1&mt=application/pdf&url=https://mail.google.com/mail/?ui%3D2%26ik%3De172b59765%26view%3Datt%26th%3D1321c6994fe7f2c1%26attid%3D0.1%26disp%3Dsafe%26zw&sig=AHIEtbQE5qBMxrejbxR9nTpz558cVRPeSg
Parabéns ao grupo. Não se esqueçam do colocar os integrantes, nome da escola, projeto, etc.
Landa Lopes
Nascida em Mairinque, mudou-se para Sorocaba, onde viveu grande parte de sua vida, integrando a Academia Sorocabana de Letras e recebendo o título de cidadã sorocabana pela Câmara Municipal.
Publicou livros como As Quatro Volúpias (1952), O Sonho ( ganhou o II Concurso Literário Sudameris), Negra (1999), além de muitos poemas, músicas e textos teatrais.
Mulher cujo título " Mulher Multimídia" era uma inovação para sua época, foi repórter, atriz de cinema, apresentadora de televisão, escritora, poetisa, além de ser a primeira mulher brasileira a produzir cinejornais, o que fez dela uma inspiração, foi o futuro das mulheres modernas em tempos tão antigos.
Publicou livros como As Quatro Volúpias (1952), O Sonho ( ganhou o II Concurso Literário Sudameris), Negra (1999), além de muitos poemas, músicas e textos teatrais.
Mulher cujo título " Mulher Multimídia" era uma inovação para sua época, foi repórter, atriz de cinema, apresentadora de televisão, escritora, poetisa, além de ser a primeira mulher brasileira a produzir cinejornais, o que fez dela uma inspiração, foi o futuro das mulheres modernas em tempos tão antigos.
João Kriguer
As fotocópias abaixo fazem parte do acervo que a Biblioteca Municipal de Votorantim possui sobre o autor. Ele é tio do Padre Inácio - lá de Votorantim, cujo contato pode ser conseguido com o senhor José da Cruz, diácono permanente da paróquia N.S. Consolata: cruzsm@uol.com.br
Dado Carvalho
Professor de Língua Portuguesa, escritor, poeta, dramaturgo e diretor teatral.
Dado Carvalho se considera uma pessoa calma, tranquila, bem humorada e de bem com a vida.
Citações favoritas:"Em qualquer relação, procure sempre ser a parte interessante, nunca a interessada."
Em 1979 fez a faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Sorocaba.
Dado Carvalho se considera uma pessoa calma, tranquila, bem humorada e de bem com a vida.
Citações favoritas:"Em qualquer relação, procure sempre ser a parte interessante, nunca a interessada."
Em 1979 fez a faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Sorocaba.
Poema:
Blogue do Autor: www.ivaldojose.zip.net
Douglas Lara
A carreira profissional de Douglas Lara pode ser dividida em duas fases, completamente distintas. A primeira, que se estende por 35 anos, é a do alto funcionário de grandes corporações. Já a segunda começa em 1995, quando Douglas Lara deixa a atividade empresarial e passa a trabalhar por conta, ministrando aulas de Inglês para executivos, realizando divulgação de escritores e iniciando, lentamente, a preparação para alçar vôo em um novo ramo: a edição de livros.
Com "Onze Autores da Web", Douglas Lara colocou em prática um sistema de produção cooperativado que se mostrou extremamente bem-sucedido. A cooperativa permite, de um lado, a divisão dos custos entre os autores, e, de outro, a somatória de esforços para a divulgação do livro.Atualmente, ao lado das atividades de editor, Douglas Lara desenvolve um trabalho de divulgação de escritores para jornais, revistas e sites especializados em Literatura.
Em Sorocaba (SP), cidade onde nasceu em 1938, divide seu tempo entre projetos de livros, produção de contos e artigos e reuniões do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Sorocaba, do qual é membro efetivo. Sua presença na internet faz dele uma personalidade internacional. Recebeu o Lancaster House Award da Rickmarc Publishing (Londres).
Obras:
Poema ou crônica:
Carlos Donizete de Oliveira
Em 1998, participou da coletânea “Pérgula Literária III”, da Editora Valença. Em 2004, ficou em quinto lugar no Concurso Lygia Faguntes Telles, participando na categoria poesia.Em 2007 escreveu a crônica "Cotidiano de um Trabalhador" que deu origem ao curta-metragem “Ciclo da Luz”, do cineasta Marcelo Domingues.
Na atualidade desenvolve eventos literários em Votorantim, promovendo a democratização da poesia.
Timidez
Às vezes falo e não consigo dizer.
Às vezes digo e não consigo falar.
Meus olhos falam,
Meu coração diz.
E minha boca
Cala-se mais uma vez.
A Bolsa
A bolsa sobe,
A bolsa desce,
A bolsa desaparece.
Bar: onde o tempo não existe
Desde os primórdios da humanidade, o homem preocupa-se com o tempo. Com o desenvolvimento de sua inteligência, sentiu necessidade de organizar sua vida (a preocupação era o alimento), passa então a dominar a natureza e inventa a medição do tempo.
(...)
No entanto, existem alguns lugares no mundo, onde o tal do tempo (nosso vilão) é desconsiderado. Lá o tempo pára, esse lugar é o bar.
(...)
Nesse espaço surge então o seu personagem principal, o Homo sapiens bares. É uma criatura que continua num processo de evolução, debruçado num balcão ou mesa rodeado de garrafas.
(...)
Carlos Roberto Mantovani
Nascido em Laranjal Paulista, em 1950, e faleceu - devido a um câncer - em Sorocaba, em 2003. Mantovani foi dramaturgo, ator, diretor de teatro, artista plástico, dançarino, animador cultural e poeta. Seu nome, em homenagens póstumas, foi dado ao Espaço Cultural do Sindicato dos Metalúrgicos e ao Teatro de Arena, anexo ao Teatro Municipal de Sorocaba.
"Escritos Ordinários" é um livro que divide-se em dois momentos: os poemas, na primeira parte e, na segunda parte, fotos sobre as obras artísticas (pinturas, desenhos, criações variadas) e atividades culturais de Mantovani. Abrindo a obra, temos comentários, análises, dados biográficos e sobre a importância do autor, na visão dos seus amigos.
“As cicatrizes não estão nas faces,
putrefam por dentro
e expandem-se como um tumor maligno,
arrebentam sem permissão
o Seio e junto vai com ele o coração,
um coração ensangüentado
e o sangue não é o sangue que escorre,
são lágrimas que não vertem pelos olhos.”
(Mantovani)
“O dragão que me queima é o mesmo que me salva” assim exprime Carlos Roberto Mantovani em “Redundâncias”.
Carlos Carvalho Cavalheiro
Nasceu em São Paulo no bairro da Liberdade no dia 09 de Maio de 1972. Aos dois anos de idade mudou-se para Sorocaba, tendo estudado em escolas como “Baltazar Fernandes”, “Genésio Machado” e “Rubens de Faria e Souza”, onde se formou técnico em Eletrotécnica. Formou-se em História pela Universidade de Sorocaba.
Em janeiro de 1993 estreou na imprensa Sorocabana publicando um artigo sobre o livro “Sacy-Pererê- resultado de um inquérito”,no Jornal Cruzeiro do Sul. No mesmo ano publicou o conto “ O violinista da beira da estrada”, no Diário de Sorocaba, a que se seguiram publicações em diversos outros periódicos.
Cavalheiro fez uma homenagem à cidade de Sorocaba com o seu décimo quarto livro, o “Moda da História de Sorocaba”.
INSETO VOADOR
(28.11.1998)
O inseto voador
rodeia a lâmpada elétrica
que não retribuindo
tal idolatria, causa-lhe
a morte num simples
e terno ósculo:
Beijo de Judas.
Qual sedução carrega
em si a luz?
O inseto, redivivo Ícaro,
não resiste aos encantos
da magia de Edison.
Talvez o inseto
não reconheça a morte
disfarçada em vidro
e brilho resplandecente.
Acaso eu também não tenho
feito similar papel?
Não tenho caminhado para a laje
onde serei sacrificado
como o asteca conformado?
Não estarei enfeitiçado
por algum fulgor de chamas
que consumirão minha carne?
O canto da sereia
há de encantar àqueles
que jamais temem o desconhecido,
que aceitam o desafio.
A morte... novo nascimento.
Não se tem medo da morte
se não trauma do nascimento
quando perdemos nosso corpo
chamado então de placenta
e enxergamos a luz,
novamente a tentadora luz
para qual voamos,
não obstante o medo,
tal qual o inseto voador,
tal qual o lendário Ícaro.
Ana Maria Duarte
Nascida em Botucatu, em 1954, veio para Sorocaba em 1972.
Além da literatura e das artes plásticas, ela trabalha como professora e também já trabalhou no banco Bradesco e como secretária executiva. Ana já produziu mais de 100 poesias e incontáveis obras plásticas, ela diz gostar muito de lidar com reciclagem e com produtos também que não podem ser reaproveitados, como vinil e radiografias.Ela diz q seu shopping é a "Feira da Barganha" aqui em Sorocaba, diz q lá encontra tudo o que precisa pra montar seus trabalhos.
Atualmente ela trabalha com crianças especiais em um programa da Santa Rita de Cássia e tem um espaço cultural em sua casa onde ocorrem vários eventos culturais.-
Escreve sobre coisas que a intrigam em Sorocaba como o terminal Santo Antônio, as filas nos bancos, a catedral e sua terra rasgada.
Bosco Brasil
Bosco José Lopes Rebello da Fonseca Brasil, mais conhecido por Bosco Brasil, nasceu em Sorocaba, em 1960. Também é roteirista e autor de novelas.
Mudou-se para a capital de São Paulo aos 3 anos.Leitor muito ávido , começou a ler peças ainda jovem, mas a paixão pelo teatro foi despertada aos 13 anos, ao ver uma montagem de "Antígona".
Em 1977, entrou para o curso de teatro da atriz Berta Zemel. Na década de 80, formou-se em Teoria do Teatro - Dramaturgia e Crítica - pela Escola de Artes Cênicas da USP. de câmara.
Em 1977, entrou para o curso de teatro da atriz Berta Zemel. Na década de 80, formou-se em Teoria do Teatro - Dramaturgia e Crítica - pela Escola de Artes Cênicas da USP. de câmara.
Telenovelas:
- Bicho do Mato
- Essas Mulheres
- Coração de Estudante
- As Filhas da Mãe
- Torre de Babel
- Anjo Mau
- O Amor Está no Ar
- As Pupilas do Senhor Reitor
Bosco Brasil não reside mais em São Paulo , cidade que havia se mudado aos 3 anos, vivendo no Rio de Janeiro para onde se mudou em 2004.
BeneCleto
Benedicto Cleto nasceu em 16 de fevereiro de 1916 na zona rural do município de Alambari. De família humilde, cresceu analfabeto, porém destacou-se dentre seus amigos por gostar de tocar viola caipira.
Bene Cleto começou a estudar quando adulto e terminou o ensino fundamental com 35 anos.
Já casado, mudou-se para Sorocaba, onde se formou em Letras pela antiga Faculdade de Ciências e Letras e, mais tarde, em Direito.
Tinha o sonho de ser juiz, mas acabou indo para o campo das letras e do folclore.
Em 25 de outubro, aos 82 anos de idade, Benecleto saiu para sua caminhada diária e foi atropelado por um ônibus na avenida Ipanema, na Vila Angélica. Depois de uma semana internado, ele morreu em 2 de novembro, dia de Finados.
É sua a letra do Hino de Sorocaba:
![]() |
Os causos do Noé, obra de Benecleto |
"Saudamos-te, querida Sorocaba,
Com muito júbilo e acendrado amor;
desde a selva selvagem, o índio e a taba,
teus feitos cantaremos teu valor.
Às fraldas norte da Paranapiacaba,
tu te elevas Rainha d’esplendor,
e ao pé do morro d’Ouro, o Araçoiaba,
és pioneira paulista do interior.
Com muito júbilo e acendrado amor;
desde a selva selvagem, o índio e a taba,
teus feitos cantaremos teu valor.
Às fraldas norte da Paranapiacaba,
tu te elevas Rainha d’esplendor,
e ao pé do morro d’Ouro, o Araçoiaba,
és pioneira paulista do interior.
Ó’ Sorocaba, cantamos triunfantes,
bravos, heróis, cantamos teus pioneiros;
Cidade, és filha e mãe de bandeirantes,
com muito orgulho, a “Terra dos Tropeiros."
bravos, heróis, cantamos teus pioneiros;
Cidade, és filha e mãe de bandeirantes,
com muito orgulho, a “Terra dos Tropeiros."
Adolfo Varnhagem
Você sabia que Varnhagen é o único sorocabano
patrono de uma cadeira da Academia Brasileira de Letras?
Biografia do autor no CultVox UOL.
http://www2.uol.com.br/cultvox/gratis/biografias.html#fv20
Anneth Santos
Blogue da autora:
www.annethsantos.blogspot.com
Entrevista concedida pela autora a Paula Souza, em setembro de 2010.
Quando e onde você nasceu?
18/08/1959 – Nasci em Governador Valadares , porém muito pequena fui para Peruibe, e depois de algum tempo, vim para Piedade.
Gosto de falar que sou Caiçara por Paixão, Piedadense por crescimento e de que não foi por acaso, e gosto de dizer que Peruibe foi meu primeiro amor marítimo.
Como você se sente em relação à cidade em que vive?
Embora tivesse conquistado o título de cidadã Piedadense, tive uma decepção muito grande em relação a Piedade, a minha timidez me impedia de ser anunciada, as portas não se abriam para mim, e me senti só, acabei fazendo um trabalho solitário, não sei se teria feito tudo o que eu fiz, se não tivesse obtido “tantas portas na minha cara”. E foi no Happening que encontrei a minha praia.
Solteira, casada, filhos? Como é o escritor em casa, nas suas relações familiares?
Sou divorcida, em torno dos 26 anos, fugi da casa do meu marido, com uma filha na frente e outra atrás, no dia em que fugi decidi que tinha que gostar de mim mesma. Meu marido tinha um certo preconceito comigo, dizia que meu cabelo era ruim, dizia que ele havia me dado um nome, coisa que nenhum outro branco faria, e cheguei até mesmo a sofrer violência do mesmo. Então a primeira coisa em que fiz quando sai de casa, foi cortar meu cabelo.
Em casa, a relação com minhas filhas é complicada, em 2006 lancei um livro “ Real (idade) nua e crua” em que posei nua, mas na hora em que terminou o lançamento, e que eu fui para aquele abraço, eu não o tive. Eu não tive o apoio delas, eu fiquei naquele momento sentindo me só, pois o abraço que eu tanto queria, não obtive.
Fale um pouco sobre o amor em sua vida.
Sempre achei que nunca fui amada. Tive amor complicado em relação de meus pais comigo, meu pai sempre queria um filho homem, e nunca escondeu isso. Então cheguei a imaginar, que para ser realmente amada, eu deveria ter nascido homem. Sempre imaginei tinha uma dívida em relação ao amor, nunca sabia se eu amei de mais ou de menos. Então um fato até engraçado, é que todo dia antes de sair trabalhar, se eu não conseguisse dizer as minhas filhas que as amava, eu deixava uma declaração de amor junto ao despertador e colocava cada dia em um lugar diferente, essa foi a maneira de mostrar a elas, que eu sempre as amei.
Você vive de literatura?
Sim, eu vivo e muito de literatura. Eu invento paixões. Mas não paixões dessas bobas, a cada dia eu planejo estar apaixonada pelas coisas em que tenho que fazer, apaixonada pelas coisas, assim eu sempre tenho uma paixão diferente pela vida. “Eu sou apaixonada pela vida, e todo dia eu procuro uma razão diferente para me apaixonar”.
Quando você começou a escrever e o que te levou a isso?
Começei no dia em que me apaixonei por poesia , estava na 3° serie e nós tinhamos um almanaque na sala, e foi lá meu primeiro contato. Meu pai fazia minha mãe enumerar as folhas do meu caderno para que eu não tirasse as folhas, e então usava as folhas do calendaria para escrever e levar a minha professora, até que um dia ela me disse: “ Quando não tiver folha, escreva nos rodapés, que um dia, alguem vai lêr”.
Quais são seus autores prediletos?
Jorge Amado, pela fato de suas mulheres serem sempre tão briguentas, gruerreiras e ao mesmo tempo muito sensuais.
Eliza Lucinda, por ter um trabalho tão semelhante ao meu, mesmo sem eu saber, e sem ter a conheçido antes.
Marta Medeiros, essa é simplismente de tirar o chapéu.
Que obra você citaria como seu livro de cabeçeira?
O Futuro da Humanidade – Augusto Cury, esse não é de auto ajuda, pelo contrario, ele mostra um lado da vida, em que agente não repara, não vê no nosso dia a dia.
O que você acha da sua Obra?
Ainda acho que ela é um tanto fraca, mas ainda está caminhando, sou aprendiz. Sempre leio, leio de novo, a visão de quem lê faz a diferença, pois a minha visão é diferente, como no meu livro, eu que vivi cada palavra dele.
Como surge um poema?
Surge das coisas em que vejo, encontro uma coisa por aqui e acaba virando um poema. Como o primeiro beijo da minha filha, em que acabei o reescrevendo. O amor alheio, a vida alheia, a dor alheia, tudo isso acaba virando realidade, acaba virando poema.
O que a inspira? E o que acha que define seus poemas?
O universo femino. Eu sou muito engajada, sempre quis ser assim. Tenho um encantamento da realidade em que vivi, tenho vontade de querer mudar, de vêr a realidade diferente, de vêr os absurdos de lado, acho que isso, você encontra muito em meus textos.
Alguma experiência engraçada, curiosa ou até mesmo dramática por causa de um texto seu?
Você descreve muitas vezes o que é alheio, e as pessoas confundem. Em uma apresentação em que fiz do meu texto “Frigidez”, a pessoa perguntou se eu era frígida. Pelo amor, chega um homem de 2m de altura atras de você, você está quieta. Ele passa as unhas de leve na sua nuca e eu sou frígida? Risadas.
Vida e obra precisam caminhar juntas ou podem tomar rumos diferentes?
Na escrita acredito que sim, meus versos muitas vezes me irritam, por que eles me levam a poesia, são tão geniosos. Os meus versos batem em portas diferentes, sem que eu mesma saiba. Eu (Anneth) sou única. Muitas vezes gosto de dizer, que somos feitos por dois Deuses totalmente diferentes.
Você escreve por missão, lazer, prazer ou como condição de sobrevivência?
Eu escrevo para protestar, quero um grito mais potente, quero ser ouvida, compreendida. Eu mesma não sei fazer um soneto, escrevo sem rima, chamamos isso de versos brancos. “Meus textos não são para a Elite literária, são para quem tem interesse literário”.
Com que você, enquanto autor, tem compromisso?
Tenho compromisso em fazer com que as pessoas queiram ler, acredito que no Brasil as pessoas não têm vontade de ler. “ Quem mal lê, mal fala, mal ouve, mal vê!”.
Você acredita que a internet, influenciou sua escrita?
Não, acredito que não. Vejo a internet, como um meio muito poderoso, muito bom mesmo. Tudo o que você usa, de uma forma boa, vai te trazer boas coisas.
Que qualidade considera fundamental em um escritor?
A simplicidade, valorizar o simples, estamos em uma época em que valorizam muito a fama, os bens. Temos que usar o que nós temos para provocar uma ação, uma provocação.
Que ambiente ou horario lhe são mais propícios para seu fazer literário?
Ficar quetinho é essencial, num canto, só você e assim você vai construindo , mas cada coisa, cada momento muda, e são unicos.
Alguma bibliografia? Livro publicado? Publicado na internet? Onde?
Tenho a minha bibliografia no livro aqui em Piedade da cidade escolar. Na internet você encontra algumas de minhas obras, tenho um livro que publiquei a pouco tempo na Bienal também. E um livro que fiz em 1995, porém não gostei dele, e hoje o que restou, está na reciclagem.
Armando Oliveira Lima
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O autor em foto de Edeson Souza |
Armando Oliveira Lima nasceu no dia 30 de outubro de 1934, Sorocaba-SP. Atualmente é funcionário
público aposentado.Formou-se em filosofia pela FAFI, e exerceu o magistério na OSE , no Instituto de Educação "Ciências e Letras" e na FAFICILE.
Ao longo de sua vida foi co-fundador do Teatro dos Três, do Gabinete de Leitura Sorocabano, da
Academia Sorocabana de Música, do MUE- Movimento Universitário Espírita, da revista "A Fagulha".
Também foi cronista no Diario de Sorocaba.
Hoje é consultor do Nucleo de Cultura Afro-Brasileira, na Uniso. E preside o Instituto Darcy Ribeiro.
Organiza anualmente o concurso de poesia "Depoesia".Como um grande estudioso de Monteiro Lobato, há anos se aprofunda em suas obras e seus personagens. Como resultado disso escreveu o livro "Emília no mundo dos livros".
Outras obras:
- Pes no chao (1973);
- Ave, Cristo (1982);
- Pesquisa escolar (1982);
- Improprios culturais (1997);
- A luta pela independencia (1972).
"Emília no mundo dos livros" e "Pesquisa escolar" foram feitos em parceria com a OSE.
Álvaro Viotti Vieira
Álvaro Viotti Vieira nasceu em Caldas/MG, em 1916. Exerceu várias profissões, mas a principal era a de alfaiate. Álvaro se tornou alfaiate logo após a morte de seu pai, quando ele tinha apenas 12 anos. Aos 72 anos, Álvaro mostrou um outro dom que tinha, o dom de escrever.
Obras Publicadas:
“Dimas, o bom ladrão”,
”Tia Umbu”,
“Memórias de um Alfaiate”,
“Joaninha,uma Heroína”, entre outras
Álvaro faleceu neste ano, no último dia 20/06, morreu com 94 anos de idade, após uma parada cardíaca.
Aluísio de Almeida
Luís Castanho de Almeida nasceu em Guareí SP, no dia 6 de novembro de 1904. Com doze anos foi estudar em Botucatu, ingressando no ginásio diocesano, passando para o seminário, onde fez os cursos de filosofia e teologia .
Com o pseudônimo de Aluísio de Almeida, ele foi reconhecido e celebrado por todo Estado de São Paulo e mesmo no exterior, como um dos nomes da literatura folclórica, recebeu o cognome de ‘‘Mestre Aluísio’’.Deixou 22 livros editados entre biografia, história, religião e ficção, que hoje são guardados em sua casa que funciona desde 1982, a ‘‘Casa de Aluísio de Almeida’’, um dos centros culturais sorocabanos.Algumas obras :
HISTÓRIA DE SOROCABA – 1969, Edição do IHGGS
VIDA E MORTE DO TROPEIRO – 1971, Livraria Martins Editora – RJ – 2ª Ed (Martins/Edusp – SP, 1981)
A DIOCESE DE SOROCABA E SEU PRIMEIRO BISPO - 1974, Ed. Salesianas – SP
GUAREÍ NOSSA TERRA – 1976, Tip. Franciscana de Piracicaba
QUANDO EU ERA CRIANÇA - (Memórias – Obra Póstuma) 1987, Fund. D. Aguirre
ERA UMA VEZ UM REI ... – contos populares do sudoeste paulista – obra póstuma – no prelo
Associação de Autores
Ação Cultural Botura-ti, Votorantim, 1998-2000
Coesão Poética
Grupo Poesia em Debate
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